Uma das queixas bastante recorrente no consultório nesse momento pós pandemia é a síndrome do pânico, um dos transtornos de ansiedade mais comum. A característica essencial deste transtorno são os ataques recorrentes de uma ansiedade grave (ataques de pânico), que não ocorrem exclusivamente numa situação ou em circunstâncias determinadas, mas de fato são imprevisíveis.
Segundo o DSM-5, a síndrome do pânico inclui pelo menos quatro dos seguintes sintomas:

• Palpitações, coração batendo ou aceleração cardíaca
• Sudorese
• Tremores ou estremecimentos
• Sensações de falta de ar ou sufocação
• Sentimentos de bloqueio
• Dor no peito ou desconforto
• Náuseas ou desconforto abdominal
• Sentir-se tonto, instável, com cabeça leve ou desmaiar
• Calafrios ou sensações de calor
• Parestesia (sensações de dormência ou formigamento)
• Desrealização (sentimentos de irrealidade) ou despersonalização (sendo separado de si mesmo)
• Medo de perder o controle ou “enlouquecer”
• Medo de morrer

Em geral as pessoas com Síndrome de Pânico, são muito inteligentes e sensíveis, vivem com um altíssimo nível de exigência e sobrecarga emocional e diante de uma determinada estrutura interna, sentem medo do medo e no caso de já terem experimentado um ataque de pânico, sentem medo de ter outro.
A psicoterapia é um processo eficaz no tratamento e em alguns casos pode ser necessário recomendar um trabalho multidisciplinar.
Importante reforçar que é tratável e uma importante característica do tratamento é o cliente recuperar o prazer de viver.