Segundo dados da OMS, 30% da população mundial tem bruxismo. Trata-se de uma desordem funcional caracterizada pelo ato inconsciente de apertar ou ranger os dentes constantemente, principalmente à noite e, por isso, é também conhecido como bruxismo noturno.
Como consequência dessa situação, é possível que a pessoa tenha dor na face, dor na mandíbula, dentes desgastados, dor de cabeça, um desconforto como se fosse dor de ouvido.
A medicina não conhece as causas que levam ao bruxismo. O alinhamento anormal dos dentes é comum, mas não sabemos até que ponto é a causa ou consequência. Outros problemas do sono, como a apneia do sono, se relacionam fortemente com o problema. Deve-se pesquisar ainda a possibilidade de refluxo do ácido estomacal para o esôfago e para a boca, efeito colateral de medicamentos psiquiátricos, tais como certos antidepressivos, complicação de uma doença, tal como a doença de Huntington ou doença de Parkinson.
Por ser multifatorial, o bruxismo pode causar danos aos dentes, na qualidade de vida e nos relacionamentos das pessoas. É trabalhado por diversas especialidades como Odontologia, Clínica Médica, Psicologia, Psiquiatria, Fonoaudiologia e Fisioterapia. De maneira geral, é importante procurar um dentista e buscar, em conjunto a ele, a melhor forma de tratamento.
Através do olhar terapêutico, baseado no Modelo de Resolução de Conflitos do Mauricio Tocafundo, entendemos que os conflitos emocionais têm papel preponderante nesse processo. Os clientes com esse problema se queixam de ansiedade, raiva, frustração, angústia, stress, tensão, depressão. Possuem um padrão de corresponder às expectativas das pessoas de forma absoluta e uma intensa preocupação em não incomodar.
A pessoa que não quer falar, reclamar, expressar seus sentimentos, geralmente tem bruxismo. Já dizia Virginia Satir: “As piores consequências são das coisas não ditas”.
Você tem bruxismo?
Autora: Renata Lima